14.10.11

De dias im(perfeitos), o ano é cheio.

Há pessoas, que o Senhor as guarde! Pois  nasceram, sabe-se lá como ou porquê, com uma profunda anomalia genética. Ou seja, essas pessoas, coitadinhas, nasceram com uma puta da língua maior do que a boca. E isso é muito triste. É triste porque esta é uma espécie de deficiência que praticamente se traduz no ato reflexo de só falar da vida dos outros. Uma coisa assim quase incontrolável, quase compulsiva. Uma tristeza, portanto.
Talvez eu não compreenda em absoluto o transtorno que deve ser uma pessoa andar por aí com a língua dependurada e por isso faço sempre questão de avisar. E, de aviso em aviso, lá vou explicando [devagarinho, claro está, porque estamos perante criaturas com necessidades especiais] que se eu quisesse dar a conhecer este meu blog [que é pessoal] junto dos amigos e dos amigos dos amigos e dos amigos dos amigos dos cornos dos primos dos amigos [que às tantas já tenho gente que nem conheço a fazer perguntinhas] eu própria me encarregaria disso, certo.
Não faça com os outros, o que não gostaria que fizessem com você.  Não há nada melhor no mundo, que deitar a consciência tranqüila num travesseiro. Eu sei bem disso! Eu aprendi que não posso culpar alguém por algo que me aconteça, sendo que eu mesma tenha permitido.  Sei que não posso julgar e expor outras pessoas pelo meu fracasso pessoal, pela minha falta de zelo, pela minha antipatia, imaturidade, arrogância e transtornar a vida delas, só porque eu não tenho o que (quem) eu quero.  Porque um dia a gente aprende que somos responsáveis por aquilo que cativamos. Em suma, não descerei um degrau sequer para ver o que acontece nesse mundo de  ratos, esse porão sujo, imundo e contaminado com o próprio veneno das más línguas, da antipatia e repugnância de seres infelizes. Está mais do que na hora de você ir cuidar da sua própria vida, não é mesmo?