25.6.15


.. Ai do dia pra noite tudo muda, os sentimentos, os pensamentos, as vontades, os desejos, as músicas, a trilha sonora, o gosto, jeito, sei lá! Muda, quando acaba um e começa outro. Não começou e acabou, nessa ordem. A volta da mudança ainda não veio. Preguiça da voz, do jeito de mastigar, do jeito de contar papo, de se achar, da falta de espelho em casa, do excesso de tragos. Chega! JÁ DEU! Até o jeito de andar me incomoda, o jeito de parar, de olhar, dos trejeitos, manias, vícios, indagações e uma série de coisas que de fato, não me apetecem mais. Vontade louca de ir embora dali, até o céu mudou de cor, a cidade ficou sem brilho na noite, o colchão ficou duro, a água do chuveiro esfriou, a comida apodreceu e me fartei com o fato de achar que manda em mim, que toma conta da minha vida, sabe tudo, sabe de nada, isso sim. Quem te conhece que te compre!


Dedico esse pequeno texto às minhas entrelinhas, por me permitir gritar em silêncio, por levar ao leitor(a) consciente a carapuça e vesti-la. O frio começou [poraqui ó!]