2.7.15

Eu sei bem que essa vida da voltas, que ela se reescreve, se recicla, se suja e se lava a todo instante. Sei bem que ela tem uma capacidade enorme de se mostrar de bem comigo, ao mesmo tempo me ver com tamanha cara de espanto dizendo a ela:" mas já?". Não adianta pedir que fique um pouco mais, pois ela sabe a hora de deixar partir. Idas e vindas, voltas e reviravoltas...
Essa vida que chega sempre com músicas novas, bandas repetidas, outras vozes, algumas traduções, sem legenda, manias, velhos hábitos, histórias, piegas, cheiro peculiar, um sorriso à toa e aquele jeito clichê de conquista. É essa vida que também faz tudo isso acabar num instante.
Ao ler os textos desse blog vejo que a vida vem se encaixando sempre numa história parecida, em outro trilho, que nunca é o último romance, com a pessoa certa na hora errada, no mesmo drama, em outro trauma, na dor, na alegria, na paixão, mudando cenários nas estações alteradas por esse eterno efeito el niño que é viver e se entregar. 
Um brinde a nossa capacidade de se reinventar! Porque lá no fim a gente sabe que depois da tempestade vem a calma[ria]. Devemos aprender a dar valor aos dias ensolarados sim e mais que isso... aprender a dançar na chuva.